Estamos numa fase adiantada para apresentar a lista da Plataforma Socialista de Coimbra. Confesso que hesitei, muito até, antes de começar a escrever estas linhas. O que poderá parecer, pouco me interessa, mas qual o seu significado, já tem, para mim, uma importância decisiva.
Ao longo destes últimos meses, falei e encontrei-me com muita gente, camaradas e independentes, que sempre me deram um grande alento para continuar.
Confesso que não estou arrependido, independentemente do resultado final, de ter assumido esta responsabilidade.
Encontrei muita gente boa, mas, como “não há bela sem senão”, tropecei com muito mau carácter. Sabia que isto iria acontecer, que poderia ser torpedeado de forma vil, mas nunca pensei que se tivesse chegado tão baixo.
Entendi estas eleições, como uma forma de discutir o futuro de Coimbra, sobretudo e acima de tudo, pólo de desenvolvimento regional, com o muito que a sua inteligência poderia dar ao País. Tentei retirar estas eleições da discussão menor, de cidade/paróquia, dando-lhe uma importância decisiva num contexto nacional. Porque é disso que se trata, na realidade; assumir Coimbra na sua plenitude.
Mas curiosamente, logo que eu despoletei este tema, logo vozes se manifestaram contra, dizendo que queria dar um “passo maior do que a perna”! Mas pior ainda, foi quando propus que, ao longo destes meses, se fizessem debates em “conjuntos de secções” para os socialistas perceberem o que estava em causa nesta altura histórica para o PS e para o País. Isso foi a histeria; o medo toldou-lhes o pensamento e, só o facto, de muitos poderem ser confrontados com patifarias várias, “deram às de vila Diogo”!
A Secção de Santa Cruz promoveu uma discussão e logo aí se percebeu que uma candidatura não queria mais. Numa altura, que era necessário o PS abrir-se mais à sociedade e aos independentes, demonstrando de forma inequívoca, que a vida interna era e é, transparente, uma candidatura não aceitou que os órgãos de comunicação social estivessem presentes. Medo de quê, afinal? Os cidadãos percebem de forma clara, agora, o que está a passar!
Eu sabia que era muito difícil reunir militantes em várias secções. Hoje vive-se com medo no PS. O estado do País é caótico, alguns militantes ainda têm algum poder de colocar gente e convenhamos, ainda se devem muitos favores por pagar!
As únicas secções que marcaram locais de reunião, foram Santa Clara, S. Martinho do Bispo e Assafarge. Nas outras, poucas, onde tive oportunidade de ir, foi a minha candidatura a marcar os locais. Daqui ressalta, de forma clara e inequívoca, que as Secções de Residência servem tão só, para a moscambilha interna, já que, quando confrontados em eleições autárquicas, não vencem uma vez! “Pobreza franciscana” dizem uns, que outros, outras dirão …
Mesmo assim, hoje como ontem, ainda me mantenho na luta e não desistirei de lutar por um PS diferente, vencedor, não como foi derrotado de forma tão humilhante em 2009.
Estamos a poucos dias de apresentar a lista da Plataforma Socialista de Coimbra. Percebendo o que está em causa, apelo a que participe connosco nesta fase difícil que o PS atravessa.
Uma Abraço
Luís Santarino
Declaração de Aceitação
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