Nesta candidatura há um esforço colectivo para identificar problemas, para cooperar na procura de soluções, para esboçar futuros.
Estando em causa o nível concelhio de intervenção política, preocupamo-nos com Coimbra como centro de um concelho onde todos têm que contar, todos os lugares e todas as pessoas, todos os lugares como instâncias de cidadania e todas as pessoas como cidadãos.
Como militantes do PS, sabemos que o partido não pode estar bem no concelho de Coimbra, se não funcionar todo ele bem. Por isso, temos a ambição de um partido que funcione melhor, que seja mais robusto, de modo a ser um parceiro mais eficaz dos governos que forem da sua responsabilidade, para poder ser um interlocutor mais vivo dos nossos autarcas, esteja a responsabilidade deles ao nível da freguesia ou do município.
Nessa medida, temos a ambição de ver as disputas democráticas dentro do partido transformarem-se em exemplo, afastando-se definitivamente do risco de, por vezes, não corresponderem sequer ao nível de exigência que pomos nas disputas eleitorais externas que estruturam o poder democrático.
Temos a ambição de tornar numa vivência natural a separação entre política e negócios.
Nesse plano, continuamos a pugnar como muitos o têm feito dentro do partido há quase dez anos, para que se exija aos dirigentes do PS o que se exige aos titulares de cargos políticos em termos de transparência patrimonial e para que se evite que os detentores de responsabilidades executivas relevantes dentro do partido as misturem com protagonismos liderantes em negócios privados.
Temos a ambição de garantir que em próximas eleições externas os candidatos que representem as cores do nosso partido sejam escolhas explícitas dos militantes em eleições primárias internas e não artefactos inesperados de manobras de corredor, ou resultados do poder formal ou informal de pequenos conciliábulos, ou efeitos colaterais das posições de chefia que circunstancialmente se ocupem dentro do partido.
Havendo vários candidatos, não sonhamos com o voto de todos os militantes, mas gostaríamos de ter o apoio de todos os que concordem com o essencial das nossas ideias; o apoio e a partilha do mesmo combate rumo a objectivos que todos partilhemos.
Nem o camarada que aceitou ser o primeiro rosto desta candidatura, nem os que com ele já se envolveram neste projecto, têm agendas ocultas onde germinem ambições futuras de cargos ou destinos exaltantes. Ninguém se está discretamente a semear a si próprio para candidato futuro a coisa nenhuma. Como militantes do PS, estamos apenas a cumprir um dever de autenticidade e de empenhamento político.
Queremos ser um colectivo aberto onde caibam todos os que partilhem as nossas ideias e os nossos objectivos. Não seremos nunca uma prisão de apoiantes em que a assinatura de cada um possa funcionar como uma grilheta incómoda que tolha a liberdade final de escolha.
Queremos ser ouvidos por todos, pela mesma razão pela qual ouviremos com interesse a opinião de cada um dos militantes socialistas de Coimbra, sem que isso signifique que desconsideramos contributos que venham de fora do partido, mas de dentro do povo de esquerda a que todos pertencemos.
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